porvir da meia metade da meia idade

os velhos continuam na mesma, cada vez menos, mas na mesma. já nem recordo serem diferentes. os novos cada vez mais novos não existem, ressoam. e há um espaço pelo meio, um espaço pelo qual não me consigo entrever que deve ser o tal a que chamam meia-idade. e talvez por isso o meu cheiro é hoje o cheiro da minha avó — uma mistura de cânfora com cremes necessariamente pouco milagrosos para os reumatismos. começou a meia metade...






















HANS MEMLING Triptych of Earthly Vanity and Divine Salvation (1485)

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preciso de mais dias