nem corda, nem cavaco























o meu pai tinha um relógio digital que nunca descobrimos como acertar, não recordo se estava atrasado no verão ou adiantado no inverno, só garanto os seis meses por ano fora do tempo. quando trabalhei na galeria dos milagres estavam pendurados dois relógios de cozinha numa mesa, um atrasado e o outro adiantado uma hora; eu estava no meio do tempo. hoje comecei 2011 e pela primeira vez desde há tempo(s), não tenho vontade de fingir que estou noutro fuso horário ou que o fim do ano é quando um homem (e uma mulher) quiser(em).
continuação do texto em tom de nota política: mas é claro que preferia passar hoje por cima da mensagem de bom ano do presidente cavaco, é que apesar de me sentir bem, não me sinto nada bem com ele...


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preciso de mais dias