ohhh… ok, ok.
ouvi uma maneira de falar rasteira que, do lado do silêncio, era tomar coragem para dizer um não depois de um não não dito? conversa descúmplice. isso não é nada, podias ter dito quando viste qual ia ser a sua reacção. o que ele te está a fazer é inaceitável, aceitares que to faça, torna-te o quê? compreende, já não posso confiar em ti. disseste-me, há duas semanas, que o íamos fazer, confirmaste todos os dias. e agora? hoje! está tudo marcado para amanhã... uma (a)final vida rasteira que mais do que ser dita baixo para não ser ouvida deste lado, é sussurrada para que o lado de lá entenda a dimensão da gravidade que faz essa falsa profunda necessidade que ninguém nos ouça, que ninguém saiba o que se está a passar. ali, ao telefone, no meu café.
e depois escrevi a minha lista do que podia estar a ser desmarcado. ohhh, não a vou divulgar.
Roy Lichtenstein, Ohhh… Alright…, 1964